quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu sou ...

Apenas alguém, ou até mesmo ninguém, talvez alguém invisível que o admira a distância sem a menor esperança de um dia tornar-me visível. E você ? você é o motivo do meu amanhecer, é a minha angustia ao anoitecer, você é o brinquedo caro e eu a criança pobre, a menina solitária que quer ter o que não pode, dona de um amor sublime mas culpado por querê-lo , como quem olha a vitrine mas jamais poderá  tê-lo. Eu sei de todas as suas tristezas e alegrias, mas você nada sabe. Nem da minha fraqueza, nem da minha covardia, nem se quer que eu existo. É como um filme banal, entre a figurante e o ator principal. Meu papel era irrelevante para contracenar no final .

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